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Alessandra Tomelin

Você escolhe a vida que deseja ter: Será?


A correria do cotidiano, as pressões do ambiente de trabalho, os desafios em educar os filhos, as contas a pagar, as pessoas difíceis que permeiam as nossas relações pessoais e profissionais, tudo isso e muito mais são questões que rondam a nossa cabeça durante um dia inteiro, então, vem alguém e nos diz: Você escolhe a vida que você deseja ter. A primeira vez que li esta frase alguns anos atrás em algum post do facebook, eu me perguntei: Será?


Será que somos nós que escolhemos estar no meio destes problemas? Destes desafios? Destas pessoas? Deste emprego? O que eu percebi ao longo de anos trabalhando com pessoas é que nem sempre podemos escolher todo o contexto onde estamos inseridos.


Ás vezes gostamos do nosso trabalho, mas aquele novo gestor nos tira do eixo, às vezes escolhemos ter filhos, mas a personalidade de cada criança é única e gera sim certos desafios, às vezes estamos satisfeitos com nossa carreira, mas o salário que temos ainda não cobre todas as despesas. Assim, podemos sim fazer escolhas que contribuam para uma vida boa e tranquila, mas existem fatores que acontecem além de nossas escolhas: como a morte de uma pessoa querida ou a entrada de um novo Diretor na empresa que decide mudar toda a estrutura ou uma crise financeira no país que abala o setor que estamos inseridos.


Então, estamos à mercê do destino? Será que apenas uma parcela das decisões e escolhas da minha vida, estão na minha mão? É provável...


Entretanto, o que gostaria de compartilhar é que percebo que tem algo que é 100% nosso: a nossa percepção. Isso mesmo, a forma como você permite que um fator externo ecoe dentro de você, é uma escolha completamente sua!


Esta é uma reflexão profunda e transformadora, então, leve o tempo que precisar para absorver esta informação: Qualquer acontecimento externo (seja uma ação ou uma pessoa) só gera ressonância dentro de nós mesmos, se nós permitirmos que isso "entre".


Vamos refletir sobre alguns exemplos:


Situação 1: Imagine que você é morena, dos olhos castanhos e eu te diga: "Fulana, queria ser sincera com você, acho que este cabelo loiro não combina com a sua pele e está até um pouco desbotado, você deveria conversar com o seu cabelereiro". Talvez você desse risada achando que era piada ou se afastasse me achando meio maluca, mas não te afetaria, pois não é verdade para você.


Situação 2: Você se acha gordo, tem um corpo bonito, saudável, mas você acha que está uns quilos acima do peso e está tentando loucamente emagrecer. Então, eu chego e te digo: "Fulano, você já pensou em fazer uma cirurgia bariátrica? Fico me questionando se o seu médico já te diagnosticou com obesidade". Neste caso, continua sendo uma informação infundada, mas começa a ter um fundo de verdade para VOCÊ.


Situação 3: Você está bem, alegre e preparando o jantar, seu marido chega cansado e irritado com o dia, com o trânsito, com o chefe, com o mundo! Você tem duas opções: escolher se contagiar com este mau-humor e se manter no seu estado de ânimo, tentar contámina-lo ou se afastar e deixar a raiva dele passar. Ficar irritada, pois o outro está irritado e te irritou? Interessante...


Situação 4: Seu novo chefe está no comando à dois meses, ele é muito exigente e crítico, você se sente apreensivo e nunca acreditou no seu trabalho em anos nesta empresa. Nestes dois meses, ele tem elogiado o seu trabalho, mas nesta semana, ele critica o seu novo projeto. E a partir daí você vai se sentindo um fracasso e guarda dentro de si, a certeza de que será mandado embora. E então, começa a ficar desanimado e menos criativo, entrega fora do prazo e qualquer coisa, já que será mandado embora mesmo. Quem construiu o peso da demissão?


Estes exemplos simples, concretizam o que desejo transmitir nesta breve reflexão: Uma pessoa ou uma situação só pode te abalar se isso ecoa dentro de você! E isso vem do seu julgamento de que esta pessoa deveria agir ou reagir de outra forma, que tal situação deveria ser de tal jeito e como não é, você fica triste, enfraquecido, acreditando que você não tem escolha. Talvez, você não tenha escolha de conviver ou não com o seu novo chefe, ou impedir que seu marido esteja irritado ou que um amigo faça comentários ácidos sobre seu corpo, mas você pode escolher se conectar com estes sentimentos que não são seus ou se manter centrado no aqui e agora, percebendo o que tem de verdade em você destes sentimentos que estão te rodeando.


Assim, eu acredito sim que: Você escolhe as percepções diárias que você deseja ter. E elas podem contribuir para a sua vida de uma forma ou de outra.

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